Desde a pré-história que os humanos gostam de doces, nesta época eles eram a base de frutas e mel. Mas quando chegou a época de Cristo, nasceu os pães chatos e depois começou a produção de pães com fermento.
Na Roma antiga nasceu o padeiro, que produzia a massa do pão com mel e óleo. Por outro lado na idade média, os padeiros começaram a fazer bolos com mel e frutas.
Nestas fases acima ainda não usava o açucar, por causa disso não dava para variar os pratos e os doces.
Origem do açucar
A cana-de açucar é nativa do Sul do Pacífico, porém teve uma migração para o continente Asiático. Entretanto quando chegou na arábia eles plantaram nas terras que eles tinham conquistado, como Sicília e Espanha.
O povo europeu logo pegou gosto pelo açucar, e as refinarias aumentaram no século XV. Como resultado os portugueses levaram a produção do açucar para uma ilha, a “Ilha da Madeira”, onde se produzia cerca de 1780 toneladas de açucar, para abastecer a Europa Ocidental.
Além da Ilha da Madeira, os europeus usaram outras ilhas para produção do açucar, como a Ilha das Canárias e a Ilha de São Tomé.
À partir do século XVI o açucar era raro e caro, vendido pelos boticários da época, apenas com receita médica. “Incrível não é mesmo? o que antes era medicamento agora é alimento”. Entretanto, nesta fase, o açucar era usado com moderação.
Cana-de Açucar no Brasil
Quando a procura pelo açucar aumentou na Europa, os donos das refinarias decidiram fazer o açucar aqui no Brasil. Então mudaram a produção da Ilha da madeira para a região do Cabo Verde, Açores e São Tomé. Por isso essas ilhas se tornaram grandes produtoras e distribuidoras de açucar do mundo.
Como o Brasil tinha o clima favorável, logo passaram a montar engenhos em outras regiões. Ou seja, o nordeste passou a produzir grandes quantidades de açucar, ultrapassando outras regiões.
Por causa da organização na produção do açucar, a exportação para Europa aumentou.Por isso o Brasil se tornou o maior produtor e exportador por anos. Em outras palavras, isso tornou o nosso país independente economicamente.
Graças as novas bebidas dos europeus, o Brasil chegou a exportar no ano de 1630, 20.400 toneladas de açucar para europa. Certamente essas bebidas eram chocolate, chá e café que bebiam com açucar.
Desenvolvimento da Confeitaria na Europa
A confeitaria ficou conhecida, de fato, quando a gastronomia estava estabelecida.
A gastronomia está ligada a tradição, tem a ver com as estações do ano e com a exploração da terra. Por exemplo, está ligada ao povo e a história da região e da nação.
A gastronomia consegue envolver os cincos sentidos, um prato bonito e saboroso enche os olhos, faz a boca salivar. Como resultado, da prazer ao comer e torna a vida mais feliz.
Em 1533 Catarina de Médici, uma Italiana, através das artes culinárias da França, implantou a alta gastronomia. Como resultado fez famílias reais empregarem chefes que preparavam receitas, com alto grau de refinamento, transformando o ato de comer uma arte.
Ela inovou a maneira de servir, implantando talheres a mesa. Os confeiteiros que ela trouxe da França, produziam pratos a base de açucar e amêndoas. Além disso ela apresentou, no seu casamento, o primeiro bolo de andares e isso impressionou os convidados, e logo passou a ser sinônimo de um super status.
Após a revolução francesa, muitos chefes perderam seus trabalhos, o que levou muitos a abrirem restaurantes em Paris. Ou seja, o que era exclusivo da alta sociedade se tornou conhecido também pela classe mais baixa. Por isso todos, ou quase todo o povo, tiveram conhecimento das receitas e pratos deliciosos.
O Nascimento da Confeitaria no Mundo
Foi em Portugal que surgiu as doçarias e os conventos foram os responsáveis pelas primeiras receitas de doces. Portanto, não foram só os conventos a tornarem os doces populares, as receitas preparadas nas aldeias e vilas, eram as alegrias das festas.
Portugal foi o primeiro a fabricar doces, por que foi o primeiro a vender açucar, diferente dos outros países. O prestígio dos doces em Portugal era tão grande, que existia até a rua dos confeiteiros, com princípios e orientações da atividade.
Entratanto conforme os séculos iam passando, o açucar ia se tornando mais barato na Europa, por isso passou a ocupar o lugar do mel, por ser melhor no uso culinário. Com isso começou as grandes mudanças na preparação dos doces, que parou de ser artesanal, e se tornou produção em série, fabricado em oficinas com máquinas, fogões e fornos.
Junto com toda essa popularização do açucar, a expansão marítima promoveu uma troca de receitas e ingredientes muito saudável entre Ásia, Brasil, América e África. Com isso veio a época das guloseimas, onde os Italianos e Ingleses inovaram na preparação de geléias e compotas de frutas cristalizadas, e os franceses tornou popular o sorvete.
Pronto estava preparado o palco para os grandes confeiteiros da época criarem doces cada vez mais tentadores e venderem diariamente como sobremesa, e não só em festas, como era nos períodos anteriores.
A Confeitaria no Brasil
Os doces no Brasil começaram a ser vendidos pelas escravas, que colocavam seus doces e quitutes em tabuleiros e os vendiam pelas ruas, devolvendo valores pré estabelecidos aos seus senhores
Por causa da influência dos artistas e escritores Europeu, o Brasil começou a ter um desenvolvimento cultural muito acelerado, e logo se tornou a Nova República onde o Rio de Janeiro passou a receber intelectuais e políticos que se reuniam para discutirem sobre os assuntos do momento.
Essas personalidades eram Getúlio Vargas, Rui Barbosa, Villa Lobos, Chiquinha Gonzaga e muitos outros. Eles se reuniam na Primeira confeitaria luxuosa brasileira, a Confeitaria Colombo, localizada na Rua Gonçalves Dias no Rio de Janeiro. Essas personalidades degustavam doces maravilhosos com café, chá ou chocolate em salões luxuosos
As pessoas que visitavam a Confeitaria Colombo, comiam salgadinhos e doces maravilhosos com café, chá ou chocolate, em salões luxuosos, que pode ser visitado nos dias de hoje.
Atualmente umas das confeitaria de sucesso é a Di Cunto na região da Móoca em São Paulo, inaugurada a mais de 70 anos. A Di Cunto tem como produto principal o famoso panetone, que triplica suas vendas na época de natal, todos os anos. Também temos a Doceria Douce France, também localizada em São Paulo, onde se produz doces, que são verdadeiras obras de artes.
A Confeitaria como Saída da Crise
Quando se fala em turismo aqui no Brasil, o mercado da confeitaria está sempre em alta. Como resultado disso muitas casas que oferecem esse serviço estão sempre cheias ou com muitas encomendas. Por isso a qualificação e o trabalho bem feito são fatores determinantes para o sucesso do negócio.
Por isso aqui no Brasil e no mundo está sempre evoluindo, sempre está surgindo novas técnicas de produção, novos produtos que exigem das empresas melhores meios de produção e aperfeiçoamento de seus empregados, por isso investir em novos conhecimentos e tecnologia é importante.
“A confeitaria também foi a saída para muitos brasileiros que ficaram sem emprego durante a pandemia. Com a crise provocada pelo Coronavírus, muitos brasileiros tiveram que se reinventar. Para muitos a confeitaria, que era um hobby, se tornou uma profissão lucrativa”. (matéria do site – https://noticiasnegocios.com.br ).
Os Cursos no Brasil
Hoje no Brasil existem dois meios para aprender a confeitar, o primeiro são os cursos profissionalizantes presenciais, que ajudam pessoas a ingressar nesse ramo. As aulas presenciais são excelentes, mas é limitada, por horário e por localização, onde é preciso morar relativamente próximo da escola.
A outra modalidade são os cursos online, onde a liberdade de horário e de localização é total, podendo o aluno ou aluna estudar a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa modalidade não deixa a desejar em nada para o presencial, pois a maioria dos cursos oferecem meios para tirar dúvidas dos alunos e comunidades que juntam os alunos, para que possam trocar experiências.
0 comentário